As estimativas da OMS são de que, dentro de 18 anos, chegue a 380 milhões o número de portadores desse mal. "A diabete é uma doença metabólica, que provoca o aumento de glicose no sangue. Para ela ser absorvida precisa ser transportada da circulação para os tecidos alvo: os músculos e o fígado. Quando a pessoa tem deficiência na captação dessa glicose por ausência de insulina, o paciente fica com a taxa de glicose elevada, que é a diabetes", explica Helena Atroch Machado, endocrinologista do Hospital São Camilo Pompéia, na capital paulista.Existem vários tipos de diabete. "Uma das mais comuns é a do tipo 1, que ocorre na infância, por deficiência na produção de insulina", diz Alex Carvalho Leite, endocrinologista coordenador da equipe de endocrinologia das unidades Itaim e Morumbi do Hospital São Luiz, em São Paulo. O tratamento é feito com aplicações de insulina.A do tipo 2, de acordo com o especialista, é mais comum acima dos 40 anos. É caracterizada pela resistência periférica no fígado e nos músculos à ação da insulina. Para tratá-la, o paciente precisa tomar medicamentos via oral e fazer regime. Há também a diabetes gestacional, quando ocorre alteração das taxas de açúcar no sangue durante a gravidez. Ela pode persistir ou desaparecer após o parto.SintomasNo caso da diabete tipo 1, o paciente começa a urinar em demasia (poliuria), sentir muita sede (polidipsia), perder peso, sentir muita fome, tonturas, fraqueza, indisposição e vômitos.A diabetes tipo 2 está relacionada com histórico familiar e também com pessoas acima do peso. "Antigamente ela atingia pessoas mais velhas. Nos dias de hoje, devido à obesidade, há crianças e jovens com diabetes tipo 2", explica Helena.Para saber se uma pessoa está com diabetes, o médico indica exames de glicemia de jejum e o teste de tolerância à glicose. Quem precisa controlar a doença é feito o exame de hemoglobina glicada.AlimentaçãoAlém de comer de forma fracionada (o ideal é fazer uma refeição leve a cada três horas), os portadores de diabetes devem evitar o excesso de carboidratos e também ingerir frutas com moderação. Atividades físicas são fundamentais nesse caso. "Os exercícios fazem baixar os níveis de açúcar no sangue, independente da ação da insulina", afirma Alex. "Mas os exercícios devem ser feitos sob orientação médica e a supervisão de um profissional da área", enfatiza o especialista.
Adriana Bifulco
09/07 - 16:16 - Agência Estado
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