sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Diabetes não controlada compromete a fertilidade

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Parece estranha a relação entre os dois, mas é verdade. Uma mulher diabética não controlada pode ter mais chances de complicações na gestação e partos prematuros.
Ter um filho é melhor coisa do mundo e toda mulher que tem diabetes pode ser mãe.
O sistema reprodutivo para funcionar bem depende de um equilíbrio entre a mensagem hormonal e a performance dos órgãos reprodutores. Doenças crônicas não controladas, como o diabetes, podem impactar em dificuldades para gerar um bebê.
O diabetes tipo 2 geralmente está associado a obesidade e resistência à insulina. Essas duas condições chegam a causar deficiência hormonal na mulher, assim como ciclo menstrual irregular e infertilidade, por essas e outras razões que é importante o planejamento dessa gestação, assim como o acompanhamento médico de seu endocrinologista e obstetra.
Já o diabetes tipo 1, que normalmente acomete pacientes jovens, ocorre quando as células no pâncreas que produzem insulina são destruídas por anticorpos. Esse processo também pode se estender a outros órgãos endócrinos, incluindo os ovários, e impossibilitar a gravidez quando não tratada adequadamente.
Mas, não é só a mulher que enfrenta problemas em relação à sua fertilidade. Os homens também são afetados pela doença. Testes de DNA com espermatozóides de pacientes diabéticos demonstram maior quantidade de material defeituoso, que pode provocar a infertilidade masculina, principalmente quando o paciente não sabe que está diabético.
Conheço muitas mulheres diabéticas que realizaram o sonho de ter um bebê e não tiveram nenhum problema na gestação.
E você, sabia que uma mulher mesmo com diabetes pode levar uma gestação sem maiores problemas se a controlar e tiver um acompanhamento adequado? Abraço
Denis

Estresse 'dobra' risco de diabetes nos homens, diz estudo

28/07/2008

Uma pesquisa realizada na Suécia sugere que homens que sofrem de alto nível de estresse podem dobrar os riscos de desenvolver diabetes tipo 2.
O estudo, publicado na revista científica Diabetic Medicine, analisou 2,127 homens nascidos entre 1938 e 1957 durante dez anos.
No início da pesquisa, os participantes apresentavam níveis normais de glicose e foram examinados com relação aos sintomas do estresse como fadiga, ansiedade, depressão, insônia e apatia.
Depois de dez anos, os voluntários passaram novamente por exames para avaliar os níveis de glicose e estresse. Segundo os resultados observados pelos pesquisadores, aqueles que apresentavam maior nível de estresse corriam 2.2 vezes mais risco de desenvolver diabetes tipo 2 do que os homens com baixo nível de estresse.
O estudo aponta que essa relação se manteve mesmo quando observados outros fatores como idade, massa corporal, histórico familiar de diabetes e outras variantes.
No total, 103 dos participantes foram diagnosticados como diabéticos ao final da pesquisa.
Segundo os pesquisadores, a relação entre estresse e a diabetes pode ser resultado dos efeitos do estresse na capacidade do cérebro em regular os hormônios ou ainda da influência negativa que a depressão exerce na dieta e no nível de atividade física das pessoas.

Mulheres
O estudo, realizado no Instituto Karolinska, analisou ainda 3 mil mulheres e não identificou um aumento no risco de desenvolver diabetes entre aquelas com alto nível de estresse.
De acordo com Anders Ekbom, que liderou o estudo, isso poderia ser explicado pela diferença no modo como homens e mulheres lidam com o estresse.
“Enquanto as mulheres comunicam os sintomas de estresse e depressão, os homens são menos dispostos a admitir esses sentimentos e lidam com o problema bebendo, usando drogas ou com outras ações particulares”, afirmou.
Entretanto, para Iain Frame, diretor da ONG Diabetes UK, que trabalha com pacientes diabéticos, o fato de esta relação ter sido observada apenas nos homens é “intrigante”.
"Seria interessante descobrir o porquê desta diferença. Os resultados sugerem que isso poderia ser resultado de uma influência hormonal ou de comportamento", afirmou Frame.
Segundo ele, estudos anteriores já haviam indicado que o estresse é considerado um fator de risco para a diabetes tipo 2 e o estudo realizado pelos suecos "parece confirmar esta relação".

Fonte: BBC Brasil

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Diabetes aumenta o risco de contrair tuberculose

Joana Duarte, Jornal do Brasil

RIO - A diabetes aumenta em até três vezes as chances de se contrair tuberculose ativa e pode ser a causa de mais de 10% dos casos da doença na China e Índia, anunciaram ontem pesquisadores da Harvard no PLoS Medicine, periódico publicado pela Public Library of Science. A relação foi observada em vários países, independentemente de região geográfica.
Segundo o pneumologista Celso Villela Fernandes, o resultado da pesquisa é bem racional.
– A diabetes é uma doença crônica que causa uma imunodeficiência. Portanto, o paciente está mais suscetível a infecções – explicou.
O pneumologista Marcelo Bicalho concorda e acrescenta que outras causas de imunodepressão, tal como a pneumonia ou um procedimento cirúrgico, também podem aumentar o risco da tuberculose, doença transmitida por tosse ou espirro de alguém que esteja doente.
Pesquisadores da Harvard analisaram dados de mais de 1,7 milhão de pessoas no Canadá, México, Estados Unidos, Grã-Bretanha, Rússia, Taiwan, Índia e Coréia do Sul.
– Existem provas de que a diabetes predispõe pessoas a infecções tuberculosas e prejudica a capacidade de responder a infecções – disse Megan Murray, epidemiologista que conduziu as investigações junto sua colega de Harvard, Christie Jeon. – Com cerca de 171 milhões de diabéticos, um valor que está previsto a duplicar até 2030, fica claro que a diabetes contribui de forma significativa ao atual e futuro problema da tuberculose a nível mundial.
Atualmente, a tuberculose só perde para a Aids na lista de doenças contagiosas que causam maior número de mortes. Calcula-se que um terço da população mundial esteja contagiada com a bactéria, que normalmente ataca os pulmões.
Fatores de risco
Para controlar a doença, cientistas anseiam entender os fatores que desencadeiam o desenvolvimento da tuberculose ativa em pessoas aparentemente saudáveis mas que carregam a infecção de forma latente.
A Aids tem ajudado a manter a incidência da tuberculose em alta, e o estudo sugere que a diabetes produz efeito igual.
Em casos de diabetes, os níveis de açucar no sangue são altos demais, podendo prejudicar os olhos, rins e nervos, assim como causar doenças cardíacas, infarto e amputação de membros.
– A contribuição da diabetes para o problema da tuberculose pode ser ainda mais alto em países em desenvolvimento como a Índia e a China, onde a incidência da tuberculose é maior e a idade média dos afetados é mais baixa – acrescentou Murray.
A tuberculose mata cerca de 1,7 milhão de pessoas por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde. A Ásia tem o maior número de casos enquanto a África tem as taxas mais elevadas.
– As regiões mais afetadas são aquelas onde a diabetes ocorre com muita freqüência e a tuberculose permanece ativa. Isso inclui a Índia, partes da América Latina e populações específicas como algumas tribos indígenas dos Estados Unidos – afirmou Murray.